sábado, 27 de julho de 2013

Pequenos prazeres

Besuntar os pés com óleo de amêndoas depois de ter percorrido a freguesia durante o dia todo.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Como fidelizar uma cliente

Ouvir da esteticista, enquanto ela te arranja as unhas, que tens pés de gregos, porque, segundo reza a lenda, eles tinham pés perfeitos.

domingo, 14 de julho de 2013

Momentos constrangedores

Dizer à tua mãe que vais a um concerto e ela perguntar-te com quem, ficar automaticamente corada e balbuciar o nome da pessoa, ao mesmo tempo que, para evitar perguntas e embaraços futuros, argumentas que vão como amigos.

sábado, 13 de julho de 2013

Os homens e os seus carros

Apesar de não perceber patavina de carros e de não ser algo que me interesse, tenho estima pelo meu. Tento zelá-lo (quando não faço asneiras) e gosto de o ter limpo. Isto a propósito de um homem que vejo ao estacionar e ir para o trabalho. É que ele, faz questão de todos os dias examinar o carro, olha-o dos quatro cantos e passa-lhe um pano. Se, por um lado, entendo a sua adoração, não consigo perceber esta excessiva demonstração de sentimentos. 

domingo, 7 de julho de 2013

Há muitas formas de ser bonita, elegante, sexy e tudo o resto

Mas acho que ir a um arraial calçando uns vertiginosos saltos de agulha não é uma delas. Eu pergunto-me se as pessoas não pensam em fazer com que o seu vestuário se adeqúe ao sítio onde vão. É que depois, mal chegam, já não podem com os pezinhos e antevê-se uma noite inteira em que passarão sentadas à beira da estrada ou encostadas a um muro qualquer.

Manias III

Não posso ver-me de óculos de sol. Não sei é da minha cara ou se ainda não encontrei o par perfeito, o facto é que me sinto e pareço esquisita.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Se eles soubessem o meu sofrimento...

A maior parte dos homens deve preferir mulheres com longos cabelos. Não sei exactamente os motivos, mas já me deparei com esta informação algumas vezes. Eu, no entanto, tenho o cabelo por cima dos ombros. Infelizmente, como é muito fino, não posso tê-lo comprido, sob pena de ficar uma pasta sem jeito nenhum nem volume. Já aceitei este facto e agora posso dizer que gosto dele tal como é. Contudo, apesar de ter o cabelo curto não posso dizer que seja de tratamento fácil. Pelo contrário, pentear-me assemelha-se a uma tortura, vêm-me as lágrimas aos olhos ou, em casos extremos, a tesoura resolve o assunto. É por isto que digo que se os homens que já me sugeriram deixar o cabelo crescer (numa tentativa de talvez corresponder ao seu ideal de mulher) soubessem do que padeço, enfiariam as palavras num sítio que eu cá sei e, em compensação, elogiariam o meu cabelo!

Efeitos colaterais

Recentemente voltei a nadar. Sem treinadores e sem pressões, apenas eu e a minha vontade em fazer o que eu quiser e da forma que preferir. Porém, a satisfação de lutar contra o sedentarismo é abalada pela forte alergia que desenvolvi ao cloro da piscina. Fico num trapo, nariz ranhoso e comichão no mesmo, espirros sem fim e dores de cabeça. É esta a minha actual imagem: uma beleza!
Os sintomas prolongam-se pela noite dentro, mas, mesmo assim, não me demovem de, no dia seguinte, lá voltar.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Das coisas que a idade nos ensina

Não expressar verbalmente tudo o que se pensa.  Nunca se sabe que tipo de pessoas nos rodeiam, ou quem pode estar, maldosamente, à escuta. No calor do momento, no auge dos nossos nervos, salta tudo cá para fora e o resultado pode ser catastrófico. Não se trata de engolir sapos, mas de fechar os olhos, inspirar e expirar, contar até dez e, aí sim, pensar com sensatez.
E quando estivermos do outro lado, quando for o outro a estar numa situação semelhante, o melhor é não atirar achas para a fogueira. Limitar-se a um simples acenar de cabeça e procurar desviar o assunto.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Manias II

Começar a refeição pela salada e só quando a acabo é que passo ao prato principal propriamente dito.

Family issues

"Como está a tua irmã?", "Está a dar-se bem?" são perguntas que me colocam frequentemente. Dada a forma como tudo se passou e a coscuvilhice curiosidade das pessoas, não me surpreende este tipo de questões. Aquilo que sim deve causar espanto é a minha resposta, um simples "não sei" e é a mais pura das verdades. Desenha-se logo uma expressão de estranheza na cara dos meus interlocutores. Consigo decifrar o que vai por detrás daqueles rostos, "que raio de tipa é esta que não fala, que não sabe nada sobre a irmã?". Porém, a conversa fica por aqui. Sei que acabo por ficar como a má da fita e não me importo, não devo explicações. No entanto, só eu sei que a minha irmã anda muito perto de ser uma mentirosa compulsiva, que por diversas ocasiões me roubou, que no dia de Natal me enviou de mensagem a acusar-me de coisas que nunca dissera e que nunca se mostrou arrependida por nada do que fez. E haveria muito mais a dizer, mas acho que isto já é suficiente.
O amor e as segundas oportunidades têm limites, mesmo quando se partilham laços de sangue.