domingo, 30 de setembro de 2012

Dramas nocturnos

Gostava de ser como os restantes mortais e conseguir dormir, tranquilamente, para apenas acordar às 8 ou 9 da manhã. Eis que chegou o momento em que esgotei todas as mezinhas possíveis: chá de alface e de outras espécies,  leite morno, comprimidos, banhos quentes antes de me deitar, quarto completamente escuro e nem sequer o facto de me sentir exausta me ajuda a adormecer.
É mais forte do que eu e, todos os dias, exactamente às 6.45 da manhã olho para o telemóvel desejando que fosse mais tarde e aninho-me ao cobertor na vã esperança de voltar a dormir.



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Efeitos psicológicos da crise

Com a chegada da chuva e das temperaturas mais frescas, exceptuando um par de sapatos, não tinha mais nada para calçar. Ora, tendo em conta que só ando a pé e que afinal de contas os referidos sapatos não tão "impermeáveis" quanto pensara, precisava mesmo de dirigir-me à sapataria mais próxima.
Apesar de ter consciência de que era uma necessidade e não um pequeno luxo, não fui capaz de sair da loja sem me sentir culpada pelo dinheiro gasto. E pensar que em tempos não sentia um pingo de remorsos por comprar o que gostava...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Tudo uma questão de aparência

Nunca tinha reflectido acerca da idade que aparento ter. Mas eis que durante o Verão fui esclarecida por tudo quanto é gente da minha terra. Os palpites foram unânimes: passo por uma rapariguinha de 15/16 anos! Das primeiras vezes que me diziam isto chegava à casa e  procurava, em frente ao espelho, por traços que denunciassem a minha falsa mocidade. Ora, sendo uma péssima a atribuir idades a seja quem for, não conseguia compreender como podia parecer tão nova aos olhos dos outros. 
Entretanto descobri que a resposta não estava em mim, mas sim nos demais. É que, ao contrário de grande parte da mocidade feminina, principalmente as pseudo adolescentes, eu não faço questão de produzir-me todos os dias e pôr mais 10 anos em cima do coiro. Maquilhagem, saltos altos e roupas extravagantes nem vê-los. De modos que deve ser esta a fonte da juventude e ainda ninguém deu por ela.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mas o que é que as pessoas querem?

Confesso que acabei de ver aquela notícia sobre pessoas que utilizam os transportes públicos sem ter pago pelo bilhete. Estou chocada. é certo que os preços têm aumentado imenso, eu própria senti isso na pele, já que andava de autocarro todos os dias. Mas daí a andarem à borlix só porque, como um homenzinho disse, "isto é do Estado, é um serviço público e eu não pago nada", oi?! Todos sabemos que quando usufruímos de um serviço temos que pagar por ele ou sujeitamo-nos às consequências.
No que a mim me diz respeito, para poupar ao máximo as senhas de autocarro, ando a pé. Sim, isso mesmo, e levo 45 minutos para chegar ao trabalho e outros 45 para voltar. É isto ou ser uma fora-da-lei.

"É bom poupar, mas no que realmente importa"*

A crise trouxe consigo a loucura das promoções, dos saldos, dos cupões e tudo quanto é low cost. Mas por mais apelativas que as campanhas publicitárias sejam, não se pode deixar de reconhecer que não precisamos realmente de grande parte dos produtos que supostamente oferecem descontos bombásticos. É por isso que antes comprarmos seja o que for movidos pelo impulso, é importante parar um instante e raciocinar sobre a sua utilidade e verdadeiro custo.
* descaradamente roubado da publicidade do Intermarché

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Fazer o que gostamos: um (pequeno) luxo

Confesso que fui afortunada ao ter recebido a proposta para o meu actual trabalho. Não me candidatara a nada, veio através de uma chamada de uma pessoa inesperada. Lembro-me de não conseguir falar e sentir as pulsações do meu coração pelo corpo todo. Não aceitei de imediato, afinal precisava de pensar. Passados uns dias decidi aventurar-me, mesmo sabendo de antemão que era para uma área do meu curso da qual não gosto nada.
É provisório, quase metade do que irei ganhar vai para o alojamento e a alimentação, mas não me atrevi a recusá-lo, não me posso dar esse luxo. É por isso que vejo isto como uma experiência pela qual estou grata, que apesar de me dar muitas dores de cabeça, será enriquecedora.
Quando isto chegar ao seu final, aí sim, poderei começar a tentar traçar o meu caminho naquilo que sempre gostei.

sábado, 22 de setembro de 2012

Que palavra(s) descreve(m) alguém assim?

Cenário: gabinete lá do trabalho durante a hora de almoço.
Jovem colega mete conversa, mas rapidamente decide transformar aquilo que poderia ter sido um diálogo num monólogo. Numa hora e meia fiquei a saber praticamente de toda a sua vida e sem quase oportunidade de abrir a boca, excepto para murmurar "ahh", "pois" ou emitir alguns sons de consentimento, de forma a tentar não demonstrar a minha falta de interesse.
E se isto já não fosse suficientemente mau, a rapariga só se gabava de si própria: do seu mestrado, da sua carreira política, do seu currículo, dos trabalhos que já tivera, do seu salário, dos projectos futuros e de mais uma infinidade de coisas.
E pronto, não gosto deste tipo de pessoas, que têm uma necessidade excessiva de mostrar o quão boas são (ou que acham que são)
(imagem ilustrativa da minha disposição durante a "conversa")

Eu, gulosa me assumo

Mas estas bolachas são a minha perdição!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Podem chamar-me de ignorante...

... mas sempre pensei que a queijada* levasse queijo. A mim parecia-me um bocadinho óbvio. não?

*e não, nunca provei

Auto-diagnóstico: princípio de Síndrome de Peter Pan

Pode ser por causa da situação em que o país está, ou por eu ser uma pequena marrona que não larga os livros, mas o final da licenciatura foi  uma espécie de reviravolta na minha vida. Não podendo seguir para o mestrado - por enquanto - há uns meses atrás deixei de ser aquilo com que me identificara durante toda a vida: uma estudante. Com o final da licenciatura vieram as dúvidas existenciais e o esforço de não ficar sem fazer nada. Agora que consegui trabalho por uns meses assolam-me outras questões. Recibos verdes, acto isolado, finanças e segurança social são algumas das palavras que me atordoam diariamente. E mais do que não entender do assunto, fico paralisada por não querer entender, por não querer dar este passo, por querer recuar e não ter que ser adulta.
Isto passa, certo? Depois do choque inicial irei ver tudo com mais clareza e encontrar o lado positivo da coisa, sim?

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

(não) Ir com a carneirada

Não se trata de ser do contra, ou de sentir necessidade de ser diferente só porque sim, mas não consigo gostar daquilo que se torna demasiado "banalizado". Seja uma música, um programa de televisão, uma moda ou uma expressão. A partir do momento em que algo se torna in e todos seguem a tendência para não ficarem atrás, eu mantenho-me no meu cantinho, fiel a mim própria. Pronto, é isto, é que irrita-me esta massificação de tudo e de nada.


terça-feira, 18 de setembro de 2012

A não esquecer!


Embora as coisas não corram da forma como quero; embora o trabalho de 8 horas se evapore no ar; embora as sensações de frustração e de impotência se apoderem de mim; embora sinta que não sou suficientemente boa; embora as lágrimas e o desespero, apesar de tudo isto tenho que parar, fechar os olhos e contar até 10. E mais que tudo, acreditar, acreditar que tudo vai melhorar e que amanhã correrá tudo bem.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Bom dia alegria!

E se para muitos hoje é o primeiro dia de aulas, para mim é o meu primeiro dia de trabalho enquanto licenciada :)

domingo, 16 de setembro de 2012

O começo

Todos os dias são feitos de começos, todas as manhãs e todos os momentos. Embora uns começos sejam melhores que outros, nada melhor do que a ansiedade, a curiosidade perante algo que se avizinha, perante algo novo. Um misto de excitação e de entusiasmo invadem-nos. É por isso que agora que inicio uma nova etapa, nada melhor do que iniciar também este blog que me acompanhe nesta nova jornada :)